quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Gostoso da academia

Um dos empregos mais xexelentos da minha vida foi de recepcionista numa academia.
Trabalhei lá entre o final de 2011 e meio de 2012.
Eles pagavam muito mal e o dono era uma velho cafona que gostava de ser chamado de doutor; e apesar de ser tão ignorante, é podre de rico.
Fiquei lá por pouco tempo, até encontrar coisa melhor... eu detestava o ambiente da academia e todos os seus frequentadores burgueses-coxinhas-sem assunto , todos sem cérebro. Os professores eram outros abobalhados também, tirando UM.
Tirando o gostoso branquinho loirinho que gostava de rock.
Eu pirei nesse cara, ele também pirou em mim.
Conversávamos muito nos horários do lanche, mas nada além disso rolou.
Ele me via fazendo a unha do pé, e a gente falava sobre tudo.
Trocamos músicas; trocamos desejos.
Quando ele me olhava, e estava me querendo, ficava com os olhos ligeiramente apertados.
Isso acabou comigo!
Eu namoro e não sou de trair, e ele percebeu minha postura, por isso nunca partiu pra cima.
Quando soube que eu ia sair do emprego, ficou muito triste. Me abraçou mil vezes,lamentou, beijou minha testa, beijou meu cabelo... aproveitei para abraça-lo bem forte e sentir o seu cheiro, seu corpo durinho, ai meu Deusss!
Aí então, comecei a sonhar com ele várias noites.
E cada sonho, é mais delicioso que outro.
Sonhei que ele me agarrava no elevador da academia; que a gente se beijava na praia; que estávamos transando no chão... mas essa noite, 8 meses depois de sair do emprego, tive O SONHO, o mais completo e elaborado sonho!
Estávamos numa praia meio selvagem à noite, mas com pessoas nela também.
Ele e eu estávamos caminhando e conversando, até encontramos um bangalô aberto.
Entramos nele e mil coisas passaram pela minha cabeça como o amor pelo meu namorado e se eu suportaria o remorso depois.
Ele se aproximou, alto e delicioso, me pegou nos braços, e invadiu minha boca com a sua, sua língua gostosa, sua respiração ofegante, suas mãos me pegando nas coxas, apertando minha cintura, minhas mãos apertando ele todo como se fosse uma fruta para ser comprada na feira, seu lábio carnudo que mordi, que chupei, que queria beijar para sempre... então ele veio com seus dedos invadir minha intimidade, completamente louca por ser usada... penetrou devagar, apesar do tesão absurdo, ia e vinha devagarzinho, e era uma DELÍCIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
Que sonho mais filho da puta, vai demorar muito pra sair da minha cabeça.
Ele é muito, mas muito gostoso mesmo.
Uma pena que apareceu na época errada, senão eu faria tudo virar realidade.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Relaxada

Sou extremamente vaidosa; minhas unhas estão sempre feitas, meu cabelo hidratado, não saio de casa sem maquiagem, e quando vejo que estou engordando começo a malhar e maneirar nos doces.
Mas o meu maior prazer é de quando passo uma semana em casa sem precisar sair, apenas trabalhando.
Eu trabalho em casa.
Ninguém vai me ver além das minhas gatas, e meus pais, e ocasionalmente uma prima que é praticamente irmã.
Eu passo dois dias sem tomar banho; às vezes 4 dias sem lavar o cabelo.
Meus pelos crescem e apesar de ter verdadeiro horror a pelos, eu os deixo crescer, enquanto souber que não sairei de casa.
Uso pijamas todos os dias, não os bonitinhos que reservo para os finais de semana, mas sim aquelas camisetas velhas, calcinhas manchadas, chinelos velhos.
Sinto o meu verdadeiro cheiro, exalo os feromônios, e gosto deles. Não estou falando de cecê, porque eu uso desodorante, e se não tomo banho, tenho a decência de pelo menos lavar a periquita e o rosto,rs!
Falo de cheiro de pele, cheiro de cabelo, esse tipo de cheiro que eu odeio sentir na maioria das pessoas, e que só em pouquíssimas me agrada.
Mas ninguém sabe disso.
Sou tão perfumada da porta pra fora; tão limpa.
Esse é um dos meus segredos.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Era uma sexta-feira quente de inverno.
Eu estava no bar com minha amiga, esperando meu namorado chegar para irmos passar o final de semana num evento da firma dele.
Eu já previa que seria um saco, por isso aproveitei bem o bar com ela.
Ele chegou e falei que estava com as chaves do apartamento de praia da minha avó, pra gente ir lá transar porque a casa em que ficaríamos ia ficar cheia de gente no mesmo quarto.
Entramos no apê, e como sempre, abri o vitrozão da sala, que dá para o mar.
É uma delícia, aquele apê é uma poesia.
Ele foi tomar uma ducha e eu acendi um baseado. Dei só três tragadas profundas, para economizar.
Sempre economizo meus baseados; odeio ter de comprar, então prolongo o fumo ao máximo.
Quando ele chegou eu estava bem doidona e louca para transar. Nos pegamos no sofazinho da sala que eu tenho um pouco de nojo, mas nessa hora esqueci.
Foi gostosinho.
Então partimos para a desgraça do final de semana.
A casa que ficamos era de um membro do grupo dele, um dos chefinhos coxinha.
Era uma dessas casas que aparece em revista de rico, sofisticada e com aquelas putarias de piscina com cascata e portinha de controle remoto.
Eu não gosto desse povo do trabalho dele. São todos superficiais e querem se mostrar, manter a boa aparência.
Então eu também tenho que fingir que sou educada, segurar meus comentários, não ser eu nem um pouquinho.
As pessoas iam chegando e eu ia me deprimindo cada vez mais, porque elas não interagiam direito.
Apenas papinhos de amenidades, ninguém era capaz de conversar de verdade. Piadinhas babacas de trabalho. Só.
Bem que tentei ser amiga de alguém, mas as pessoas não queriam fazer amizade de verdade com ninguém.
Todos foram cumprir um dever e fingir alegria.
O churrasco começou e tomei umas caipirinhas para aguentar aquilo tudo sorrindo.
Fui ao banheiro fazer xixi, mas não conseguia mais levantar da privada... tava tudo girando...
Pensei: "que merda estou fazendo dando um PT no último lugar do mundo que eu poderia fazer isso???"
Então resolvi não sair do banheiro.
Seria o suicídio social-profissional do meu namorado toda aquela gente me ver cambaleando e vomitando.
Ele acabou aparecendo lá um tempão depois... me ajudou a vomitar e me levou escondido para o quarto. Fez minha cama e me deitou. Um fofo.
A gente sempre se ajuda ao máximo nesses momentos.
E ninguém ficou sabendo do meu PT.
Sábado foi um inferno, igual ao de sexta, e de ressaca, só tomando água.
No domingo eu estava a ponto de sair correndo.
Quando todos estavam reunidos na sala, fui para o  quarto escondida, que ficava bem longe.
Tranquei a porta do quarto, entrei no banheirinho; peguei meu baseado de sexta e o fumei rapidamente, sempre tendo o cuidado de apaga-lo a cada tragada; estava morrendo de medo que alguém sentisse algum cheiro.
Desperdicei várias esguichadas de um body splash da Victoria Secrets no banheiro, em mim, até no meu cabelo, para encobrir o cheiro.
Um tempão depois saí, fui para a sala e avisei meu namorado que ia caminhar na praia.
Ninguém daquele lugar se interessou em conhecer a praia que ficava a 400 metros da casa. Dei graças a Deus que fui sozinha, ouvindo minhas músicas.
Fui até a praia mas o tempo estava cinzento e com vento gelado. A praia era meio feia, de areia escura.
As ruas eram de areia também; só quem morava naquela cidadezinha estava lá, todos bem pobres.
Achei incoerente os caras terem uma casa luxuosa numa espelunca daquelas.
Se tem grana pra um palacete, que seja numa praia bonita.
Levei uma semana inteirinha pra voltar ao normal, pois esse final de semana me deixou impregnada de tristeza e um profundo tédio.




Hoje é um dia que estou cansada.
Brigada com o namorado, com tosse, sóbria e prestes a passar mais um final de semana na ressaca moral da briga.
Quando você namora a muito tempo, as brigas parecem um roteiro; você repete o que falou, ele repete o que sempre falou, aí você faz um ruído que ele sempre odiou, e ele te chama de algo que sabe que você odeia.
Aí você desliga na cara dele, desliga o celular jurando que não vai ligar até que ele ligue.
Dessa vez eu não liguei.
Ah, vá pra merda, vai aprender a me respeitar um pouco, filho da puta.